Prof. Franklin Leopoldo e Silva ministra curso no Centro Universitário Maria Antônia: "Experiência histórica em Arendt, Marcuse e Sennett"

Por Maria de Fátima Rolemberg Borelli 

 

Aconteceu nos dias 27 e 28 de janeiro e 3 e 4 de fevereiro, no Centro Universitário Maria Antonia, o curso “”, ministrado pelo professor de Filosofia da Universidade de São Paulo, Franklin Leopoldo e Silva, tendo como principal tema a falência da vida comunitária.

O curso, além de evidenciar aspectos referentes à ação política, à civilização e à ética, traçando relações com a atualidade, abordou questões relacionadas à análise das principais obras desses pensadores, com ênfase na subjetividade e na coletividade política. No que diz respeito ao meu projeto, foram de grande valia as orientações do professor, pois me ajudaram a entender as diferenças nas concepções de totalitarismo. Para Arendt, ele estava presente na Alemanha nazista e na União Soviética stalinista, e para Marcuse, a característica menos importante do totalitarismo seria a existência de um regime político terrorista, mas o que caracterizaria o regime seria a equação entre Estado e sociedade, constituindo um único bloco, em que a sociedade, com seu aparato tecnológico, seria chamada a participar. Quanto à questão da coletividade política, questionou-se de que maneira os alemães aceitaram participar do regime nazista, oferecendo-se para trabalhar nos campos de concentração e, com o fim da guerra, acolhendo os colaboradores do regime e aceitando sua inserção na sociedade. Esse apoio das massas ao regime era motivo de reflexão para Arendt. De que maneira efetivamente os alemães teriam participado do regime ou teriam sido coagidos a contribuir para o Holocausto, despertando novamente para questões morais.

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